quarta-feira, 16 de setembro de 2009

QUAL É O LIMITE DA VAIDADE?


Eu tinha que escrever sobre este assunto. Juro que ontem sai do consultório do meu vascular com vontade de ir direto pra Delegacia da Mulher. Minha Santa Piriquita do Bigode Loiro: Que dor! Que Dor! Que Dor!
Onde é que eu estava com a cabeça pra me submeter a estas sessões de tortura? Deus do Céu!!! Alguém viu minha cabeça por ai? É um cabeção loiro, com mechas encanecidas. Por favor, caso a encontrem queira por gentileza, deixar no departamento de achados e perdidos que alguém um dia passa por lá e pega.
Vou falar sobre o cúmulo da VAIDADE.
O que tem demais uma senhora de 47 anos andar com veinhas azulzinhas pelas pernas, olha só que bonitinho coloridinho, tem tanta gente se tatuando por ai! Isso bem que podia virar moda.

Na verdade não sei se faço isso por ter ficado impressionada com as pernas de uma senhora que vi na minha infância, ela tinha as pernas tão cheias de varizes que parecia uns cordões esverdeados, e ouvia minha mãe dizer “Isso é perigoso pode dar uma trombose” Trombose? Eu nem sabia o que era isso, mas achei o nome horrível e certamente não seria coisa boa, e não é que deu mesmo e a mulher se foi dessa pra melhor. E ai na minha cabecinha de criança, trombose era aqueles cordões verdes que dá na perna, eles começam pequeninos e viram aquelas cordas grandes nas pernas.

Esta cena não me sai da cabeça, nem lembro o nome daquela senhora, mais a perna dela me acompanha até hoje..
Não! De jeito nenhum, eu tenho medo dos cordões verdes e por isso me submeto a estas sessões. Há alguns anos atrás, já me submeti a uma cirurgia de varizes e após alguns dias teria que iniciar as sessões de escleroterapia. Eu nunca havia falado com ninguém que tivesse passado por este procedimento. E assim lá fui eu fazer as tais aplicações. deus que me livre e guarde, fiz só uma e “tchau, tchau nicolau”o médico nunca mais me viu, deixei tudo pago, dane-se. Lá é que não volto.

Hoje já passado 13 anos, obviamente não penso mais assim, antes aos 33 anos eu tinha a juventude do meu lado, hoje estou eu e myself. Ali,na maca pensando, procurando um modo de alcançar alguma parte do meu cérebro capaz de controlar algum neuro-transmissor responsável pela sensação da dor e ficar off até acabar a sessão. Inútil, as picadas começam e eu firme no pensamento: cor azul, fumaça azul e dói. Penso em água, ondas gigantes, verdadeiras tetsunamis, Iceberg, e dói. Quem sabe tenho uma pontinha de sado-masoquista aqui dentro escondidinha; vou tentar achar gostoso e sentir prazer na dor. Nada! Continua doendo até meu ego dizer; Por hoje chega Dr, é impressionante, ele diz sempre, mas foi a última mesmo. Com certeza eu vou até onde meu ego suporta

O meu médico, ele é humanista ele sofre comigo, tadinho, e me diz solidário: Ainda não existe nada diferente.

Portanto meninas avante, força, imagine a cor azul é sério, tente entrar na cor. Respire fundo e seja o que Deus quiser.

2 comentários:

  1. kkkkkkkkkk...muito bom Sil!!! Quando estou deitada na maca levando umas picadinhas (cerca de 30) de botox eu penso onde deixei meu cabeção, mas depois vale a pena.

    Mas quando estou de pernas abertas fazendo depilação, eu viro ambientalista e prefiro preservar a mata atlântica. Ou seja, só melhore aquilo que realmente te incomoda. O que incomoda os outros, que se foda.

    OBS: Chorei muito com seu post sobre o Tantan. Lindo demais!!!

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